Colunista da Veja acha "aceitável" a violência contra policiais por
Redação MSM em 08 de junho de 2004
Resumo: Artigo de Roberto Pompeu de Toledo é o típico exemplo do desprezo com que grande parte da mídia trata os agentes da lei no Brasil, e de quebra, ainda sobra para o Exército brasileiro.
Os artigos de Roberto Pompeu de Toledo usualmente versam sobre o governo dos EUA e o presidente norte-americano, analisados quase sempre sob o viés “jaborniano”, numa tática muito fácil de ser utilizada, pois dá a falsa impressão de que o articulista é uma espécie de “gênio” que entende de tudo, mas que na realidade esconde a covardia intelectual do autor em atacar problemas muito mais sérios e urgentes vividos pela sociedade brasileira.
Infelizmente, quando tenta escapar de seu usual metiê, Toledo continua preso aos cacoetes típicos da intelectualidade esquerdista brasileira, e a prova disso é a sua coluna desta semana.
No artigo intitulado Em Canudos como em Benfica, o colunista da Veja investe não só contra o Exército Brasileiro, que para variar é cobrado pela degola de prisioneiros na luta em Canudos -- como se os insurgentes de Canudos não tivessem o costume, eles próprios, de degolar, mutilar e queimar os soldados que caíssem em suas mãos -- mas ainda por cima questiona a violência dos criminosos presos em Benfica, no Rio de Janeiro, quando dezenas de presos foram assassinados e tiveram seus corpos mutilados, com o argumento de que se a violência dos presos fosse dirigida contra a polícia seria aceitável. “Por que a fúria? Se ela fosse dirigida contra a polícia seria mais aceitável. A polícia, afinal, em princípio (e sublinhe-se “em princípio") é o maior inimigo dos bandidos. Por que toda uma fúria fanática, capaz de matar e mutilar, contra outra facção bandida?”
Em outras palavras, a violência contra a polícia pode; o que não pode, é bandido matar bandido.
Inacreditável, é o mínimo que se pode dizer do artigo. Talvez a idéia que o autor tenha da polícia e do Exército tenha sido formada através de órgãos de mídia que não fazem outra coisa senão atacar essas duas instituições 24 horas por dia; os mesmos órgãos de mídia que vivem glorificando criminosos, que noticiam como normais as visitas que parlamentares do PT fazem para bandidos condenados em cadeias de São Paulo.
Que tal se o articulista de Veja, antes de fazer apologia da violência contra a polícia, checasse as informações sobre as atrocidades cometidas por traficantes cariocas contra policiais? Casos de policiais decapitados, esquartejados e queimados não são tão raros assim, mortos pelo único crime de serem policiais, e não bandidos sangrentos como os de Benfica. Ao se informar melhor, o sr. Toledo descobriria que os índices de policiais mortos e feridos pelos criminosos no Brasil são enormes, muito superiores ao conflito no Iraque, constantemente comentado em seus artigos. Assim, satisfeito em descobrir que a violência sofrida pelos policiais brasileiros é suficientemente intensa, quem sabe Toledo voltasse ao seu esporte preferido: falar mal do governo dos EUA.